segunda-feira, 6 de outubro de 2025

SOMBRAS DO PASSADO (VIDA DE KATY KORDELIOUS) - CAPITULO 2: NEM TUDO É PARA SEMPRE

 

SOMBRAS DO PASSADO (VIDA DE KATY KORDELIOUS)

 

CAPITULO 2: NEM TUDO É PARA SEMPRE



 

Uma noite quente em Forgotten Hollow


    A família Belvedere aproveitava o aconchego do lar. Alice e Theodoro brincavam animados no quarto, enquanto, na sala, Katy e Harrison conversavam diante da lareira acesa.



—  Então... Minha esposa mais linda. A mulher mais sensacional deste mundo. – Diz Harrison para Katy.

—  O que você quer Harrison? — Katy o questiona.

— Ué, não posso elogiar o amor da minha vida? —  Ele pergunta sorrindo.


    Katy arqueou uma sobrancelha, divertida, ao perceber a mão dele acariciando sua barriga.

 


—  E por que está me fazendo cafuné na barriga como se tivesse um bebê aí dentro?

    Ele ri. —  Porque ando pensando em como você é uma mãe incrível... E como fica ainda mais linda grávida. Eu perdi a gestação da Alice, mas a do Theodoro eu pude acompanhar.

    Katy revira os olhos sorrindo. — E virou um grude, né? Nem me deixava fazer nada!

—  Claro! Não podia deixar a mãe dos meus filhos se cansar!

    Katy riu, balançando a cabeça e diz:

—  Você é bobo!

—  Sou, e sabe mais o quê? — disse ele, voltando a acariciar a barriga dela. — Você é gêmea.

—  E...?

—  E isso significa que temos boas chances de ter gêmeos também. Que tal irmos ali rapidinho… testar essa teoria?


    Katy soltou uma risadinha e o olhou com aquele misto de amor e incredulidade.

—  Você é impossível.

—  E você adora isso!



    Nem precisou explicar o que aconteceu depois.


************************************************************ 

    Mais tarde naquela noite...


    Depois que Alice saiu para dar um mergulho na piscina, Katy foi até o quarto de Theodoro. O pequeno parecia um pouco abatido, olhando para o chão.


—  Por que esse rostinho triste, meu amorzinho? Quer brincar com a mamãe?


    Assim que ela perguntou, Theodoro soltou um gritinho animado e abriu os bracinhos. Katy o pegou no colo e começou a brincar, girando-o no ar enquanto ele gargalhava.





—  Olha só esse aviãozinho voando!

    Theo ria alto, encantado com a brincadeira, até que Katy franziu o nariz.


—  Espera aí… que fedor é esse, Theodoro?

    O menino caiu na risada, orgulhoso da própria “travessura”.

—  Ah não… eu devia ter desconfiado desse sorrisinho!

    Ela suspirou, pegou uma fralda limpa e foi direto resolver a situação.


—  Pronto cheirinho de bebê de novo! Mas, da próxima vez, avisa a mamãe antes de causar um desastre desses, combinado?

    Theo respondeu com uma risadinha sapeca e Katy, mesmo cansada, não resistiu e sorriu também. Ser mãe era exaustivo, mas momentos como aquele faziam tudo valer a pena. 

     Depois de deixar Theodoro limpinho e cheiroso, Katy mal teve tempo de respirar, Alice apareceu correndo pela casa, ainda com os cabelos úmidos da piscina.



—  Mãe, tô com fome!

—  Pelo menos a senhorita se secou antes de entrar, né?




    Antes que Katy pudesse dizer mais alguma coisa, Theodoro correu até a irmã e a abraçou com força. Alice retribuiu o abraço, sorrindo.


—  Mãe, tô com fomeeeee!

—  Já entendi, mocinha! Vamos preparar algo juntas, o que você quer comer?

—  Almôndegas!





    E lá foram mãe e filha para a cozinha. Entre risadas, farinha voando e temperos espalhados, Alice ajudava como podia, mexendo a massa, modelando bolinhas tortas e, claro, provando o molho antes da hora.



    Katy observava com ternura, o coração leve. Aquele tipo de bagunça, que antes a deixaria exausta, agora era o que ela mais amava na vida.

    Logo, o cheirinho de comida boa se espalhou pela casa. Harrison apareceu, atraído pelo aroma.

 


—  Vocês são incríveis! —  Harrison comenta todo apaixonado por sua família.


—  Ótimo! Então você lava a louça!


—  Justo... — respondeu ele, rindo.


    Pouco depois, todos estavam reunidos na sala, com o fogo da lareira crepitando ao fundo.



    Theodoro devorava o prato, e Alice já pedia para repetir, tanto que quando Theodoro terminou sua refeição e saiu do sofá a pequena loira se sentou ondem seu irmãozinho estava. Harrison olhava para os três com um sorriso de canto, enquanto Katy, cansada e feliz, se recostava no sofá.

    Naquele instante simples — risadas, comida e amor — ela sabia que não precisava de mais nada.

 ************************************************************** 

A casa Belvedere estava cheia de risadas. Alice e Theodoro se divertiam no sofá enquanto Harrison cochichava algo ao ouvido de Katy, com aquele sorrisinho travesso de sempre.

Harrison, em tom baixo, pergunta para Katy: — Será que já temos nossos gêmeos no forninho?



 Bobo! Vamos colocar as crianças pra dormir — já está tarde. E depois... você lava a louça!

 Como quiser, senhora Belvedere. Você é quem manda!

Enquanto os dois trocavam olhares, Alice contava algo para o irmão, e Theodoro caía na gargalhada. Era impossível não sorrir diante daquela cena.






Logo, o pequeno pediu para brincar mais um pouco com o pai. Harrison, claro, não resistiu. Levantou-o nos braços e começou a girar pela sala, fingindo ser um avião. Theodoro ria alto, com os bracinhos abertos como asas.




Depois da brincadeira, o menino se aninhou no colo do pai, sonolento. Harrison o levou até o quarto e o colocou na cama com um beijo na testa. Katy fez o mesmo com Alice, que já mal conseguia manter os olhos abertos.

A casa ficou em silêncio. Apenas o som suave da lareira preenchia o ambiente. Katy voltou à sala, desligou a TV e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu os lábios de Harrison em seu pescoço.




Harrison sussurra para a sua amada esposa e diz: —  Louça lavada, crianças dormindo… agora somos nós dois.


Katy sorrindo apaixonada diz: —  Eu te amo.

E loiro responde: —  Eu te amo mais.



Ele a puxou para um abraço apertado seguido de um beijo apaixonado (ai ai eu amo esses dois), e por um instante, tudo parecia perfeito — o calor da lareira, o silêncio da noite e o amor tranquilo que os envolvia.


*************************************************** 



Seis meses antes...

Muito longe dali...

Em uma antiga masmorra, envolta por teias e cheiro de mofo, um vampiro chorava diante de uma urna de pedra. Ele era um capanga fiel da finada malvada e maior vilã que tivemos nessa história  —  Suzana Swan. O vampiro era conhecido como Orfeo.  



 — Minha rainha... minha deusa... o amor da minha vida. Grande Suzana... você não deveria ter morrido. Maldito seja, Harrison!

Ele caiu de joelhos, as lágrimas manchando o chão frio.

— Eu prometi que traria você de volta! Eu quero você de volta! Eu preciso de você! Nossos filhos precisam.


Continua...


 


Nenhum comentário:

Postar um comentário