Capítulo 1: Infância

Metendo-se em apuros

           Em algum lugar de Willow Creek estava sentada em um banco de frente a um lago, uma menina de cabelos cacheados: seu nome é Katherine Spencer Kordelious, ou simplesmente Katy Kordelious, como faz questão de ser chamada. 
Ela vive com sua mãe Iolanda, mulher estressada e autoritária; seu pai Agnaldo, homem sempre bondoso e gentil; e sua irmã gêmea Keyla, que em geral gostava de copiar as atitudes da mãe.

Para escapar das constantes brigas de sua mãe, ela busca refúgio no lago, senta-se em um banco que fica em frente ao lago, fitando o movimento da água, os peixes que pulam de dentro d’água e os patinhos a nadar. Mal sabe que no futuro passará por situações que poucos desejam para si mesmo, mas conquistará tanto amores quanto inimigos, entretanto tudo começará ainda em sua infância.

E nesta tarde ela aproveita para se preparar para a visita de seus primos Jonathan e Samuel. Que passarão o fim-de-semana com sua família. No entanto, logo ela recebe a companhia de sua irmã, que se aproximou para tirar sua tranquilidade.

Keyla: Por que você fica aqui sempre sozinha, hein Katy? A mamãe vai chegar daqui a pouco do trabalho e vai gritar com você!

Katy: Eu estando lá ou não, ela sempre grita. Ela me odeia, eu não sei por quê!

Keyla: Porque você é boazinha e tonta que nem papai!

Katy: Vocês que são malvadas!

Keyla: Eu não sou malvada! Só não agüento essa tontice de vocês!

Katy decidiu mudar de assunto antes que elas acabassem brigando.

Katy: Keyla, papai disse que Jon e Sam virão passar o final de semana com a gente!

Keyla: Ah não!

Katy: Ah não começa a brigar! Vamos aproveitar as férias e brincar!

Keyla: Está bem! Aff!!

As irmãs levantam do banco e voltam para casa.

Na casa de Katy, Iolanda acabara de chegar do trabalho. Ela trabalha coordenando a academia de seu marido. Aguinaldo estava com um problema na coluna e precisou tirar atestado médico para ficar de repouso. Ele é fisiculturista e dono da Academia e loja fitness Kordelious.

Aguinaldo: Oi meu amor! Como foi seu dia?

Iolanda: Foi estressante! Onde estão as meninas?
Aguinaldo: Elas estão brincando! Clarissa ligou a faz umas duas horas e avisou que os meninos estão vindo passar o final de semana conosco!

Iolanda: E por acaso ela pediu minha autorização? O que ela pensa que é nossa casa? Uma creche que deposita aqueles filhos mimados dela?

Aguinaldo: Querida! Ela é minha irmã e os meninos não incomodam. Irão apenas brincar!

Iolanda: Contanto que ninguém venha perturbar-me então ok! Além disso, você nem deveria estar aqui fora! Quer piorar sua coluna?
Aguinaldo: Vim tomar um ar fresco e já volto para a cama.

Aguinaldo entra primeiro que Iolanda, a mesma acaba rosnando antes de entrar.

Iolanda: O final de semana será looongo! Grr!!

Assim que Iolanda entra, um táxi deixa os meninos na frente da casa e as meninas correm para cumprimentá-los.

Katy e Keyla: Oi!

Jonathan e Samuel: Oi primas!

Jonathan: E ai? O que estavam fazendo?
Katy: Estávamos sentadas naquele banco ali e olhando o lago

Samuel: Nossa! Que chato! Deveríamos brincar isso sim!

Katy: Não é chato! Eu gosto de ver a água e os patinhos!

Samuel: E continua sendo chato!

Keyla: Chatos são vocês que estão aqui!

Jonathan: É a vida, cara prima! Só tem que aturar a minha beleza aqui!

Samuel: Olha, vamos à praça brincar? Quero ir ao trepa-trepa e naquele navio de pirata que tem lá!

Katy: Sim! Mas vamos amanhã! Já são 18 horas e está escurecendo!

Keyla: Sempre a medrosa! Fala sério Katy! Vamos lá rapidinho e depois voltamos, não irá acontecer nada e ninguém vai ficar sabendo!

Katy: Não! Mamãe e papai vão brigar com a gente!

Jonathan: Calma gente! Vamos lá e já já voltamos! Eu tenho dinheiro! Vamos de táxi e voltamos de táxi.

Samuel: Eu concordo com a Katy! É melhor irmos amanhã e também poderemos ir cedo!

Keyla: Que cedo o quê! Não vou acordar cedo nas minhas férias! Vamos agora sim! Quem não quiser que fique aqui.

Katy: Bom, não vou deixar você ir sozinha ou só você e Jonathan.. eu irei junto.

Samuel: Eu também vou! Não vou ficar aqui sozinho.

As crianças atacaram um táxi que estava passando ali mesmo. Certificaram de que nem Aguinaldo e nem Iolanda estivesse os observando e foram para a praça.

Chegando lá, encontraram outras crianças e começaram a brincar.

Katy por um momento esqueceu-se de que estava agindo de forma irresponsável.

Já era 22 horas e eles não haviam percebido ainda. Continuavam brincando até que Jonathan e Keyla começaram a discutir e brigar. Katy percebeu o horário e a briga e começou a sentir-se mal por estar ali.

Katy: “Eu não aguento mais isso! Preciso sair daqui!”

Katy saiu correndo dali, pois não suportava gritos, discussões, xingamentos e brigas. Presenciava quase que diariamente entre sua mãe e seu pai. A criança saiu sem rumo e só queria estar longe deles, longe daquilo, seus olhos estavam começando a pesar das lágrimas que estavam começando a se criar.

Katy estava em direção à rua. E não viu que estava vindo um carro em sua direção.

Não muito distante alguém os observava atrás de uma árvore, um rapaz de olhos acinzentados e cabelos loiros. Este ficou assustado ao ver uma das crianças correndo em direção à rua. Ele sentiu que deveria protegê-la. Não sabia o porquê dessa sensação, pois nunca havia a sentido antes. Ainda mais por quem ele não conhecia.

Rapidamente, o rapaz utiliza suas mãos e lança alguns raios em direção ao motorista do carro. O condutor sente-se controlado parando imediatamente seu carro. O rapaz ainda grita, chamando atenção de Katy, a mesma leva um susto, olha para o carro em seu lado e corre rapidamente para perto de sua irmã. O motorista estava confuso com o que aconteceu e vendo que a menina estava indo embora, ele respira aliviado e segue viajem.

A menina olha para os lados procurando quem gritou e pergunta para as crianças se viram algo, elas negam com a cabeça. Em seguida, o mesmo rapaz que salva Katy avista um taxista e utilizando novamente seus “poderes” comanda o homem, o fazendo ir até as crianças e dizer algumas palavras.

Taxista: Ei, Crianças! O que estão fazendo essa hora aqui? Cadê os responsáveis de vocês?

Keyla: Nós viemos sozinhos.

Taxista: Quanta irresponsabilidade por parte deles! E você menina! Onde estava com a cabeça que correu para o meio da rua.

Katy: Meus pais não sabem que estamos aqui. E eu não sei o que aconteceu.

Taxista: Digam-me onde vocês moram. Vou levá-los para casa.

As crianças o disseram, entraram no carro e foram para casa. Chegando lá, Iolanda e Aguinaldo estavam em frente de casa. Aguinaldo estava muito preocupado, enquanto Iolanda estava bufando de raiva.

Iolanda: POSSO SABER ONDE OS ‘COISAS AMADAS’ ESTAVAM?

Aguinaldo: Ai, Meu Deus! Eu estava morrendo de preocupação! Obrigado senhor taxista por trazê-los aqui.

O taxista estava confuso sem lembrar o porquê de estar ali, apenas concordou com a cabeça e foi embora sem ao menos receber o pagamento pela corrida.

Keyla: Fomos ao parque brincar. Pegamos um táxi e fomos.

Iolanda: E COM A AUTORIZAÇÃO DE QUEM VOCÊS FORAM? OU POR ACASO ACHAM QUE PODEM FAZER O QUE BEM ENTENDER? APOSTO QUE FORAM ESSES MOLEQUES AI QUE INFLUENCIARAM VOCÊS!

Jonathan: Desculpa tia.

Samuel: Desculpa tia. Não iremos sair mais sem avisar. A Katy quase foi atropelada e...

Keyla o interrompe.

Keyla: Cala essa boca, idiota!

Iolanda: COMO É? KATHERINE VOCÊ QUER MORRER? OLHA, MINHA FILHA, SE VOCÊ QUER REALMENTE MORRER, DEIXA QUE EU MESMA TE MATO! QUER SAIR SEM AUTORIZAÇÃO E AINDA TENTA SE MATAR!

Aguinaldo: Filhinha o que houve?

Katy fica com medo de sua mãe e como não queria dedurar Keyla e nem Jonathan apenas disse.

Katy: Não houve nada papai.

Iolanda: ENTREM IMEDIATAMENTE! ESTÃO DE CASTIGO! NADA DE SAIR E VÃO DIRETO TOMAR BANHO E DORMIR. ESTÃO SEM DIREITO A LANCHE POR HOJE!

Keyla: Mas mamãe estamos de férias e estamos com fome.

Iolanda: Pensasse isso antes de aprontar.

As crianças entram em casa, tomam banho, põem pijama e prepararam-se para deitar.

Samuel: Não vamos aprontar mais. Tá bem, pessoal?

Keyla: Temos que prestar atenção no horário. Se tivéssemos ficado apenas uma hora, a mamãe nem ia perceber.

Katy: Não vamos. Eu não vou, se vocês forem, me incluem fora dessa!”

Jonathan: Você que é a culpada! Correu para rua feita uma louca.”

Samuel: A culpa é sua e da Keyla por serem dois idiotas e nos levar até lá e ainda brigarem.

Keyla: Não obriguei vocês a irem junto! E a Katy é sensível, não suporta gritos e brigas.

Katy: Só queria ficar sozinha.

Keyla: É. Mas não no meio da rua!

Katy: Vocês ouviram um homem gritando meu nome?

Samuel: Quando?

Katy: Quando o carro quase me atropelou.

Keyla: Não ouvi. Mas pode ter sido o taxista.

Katy: Não. A voz era mais jovem e bonita.

Samuel: Eu também não ouvi nada. Deve ser teu namorado. Hahahaha.

Katy: Que namorado! Eu só tenho dez anos. A voz era de adulto!

Samuel: Eu tô com medo. Para de falar disso, por favor.
Keyla: Eu também fiquei com medo. Vamos dormir.

As crianças concordaram e foram deitar em suas camas.

Aguinaldo chega ao quarto e chama Katy, ela vai até ele e eles vão até o corredor.

Aguinaldo: Filha me conta o que aconteceu. Mamãe está dormindo, pode me falar.

Katy confiava em seu pai. Acabou contando tudo a ele, pois não conseguia mentir e como sua mãe já estava dormindo, ela se sentiu mais segura.

Katy: Papai, Keyla e Jonathan queriam ir ao parque brincar, pois não queriam ir amanhã. Samuel e eu não queríamos ir, mas para não irem sozinhos fomos juntos. Pegamos um táxi e ficamos brincando lá. Mas não percebemos que já era tarde, teve um momento em que Keyla e Jonathan começaram a brigar e gritar, então eu sai correndo, mas não vi que estava indo para a faixa dos carros. Só me dei conta quando um homem gritou meu nome e voltei correndo. Um carro quase me atropelou, mas eu saí a tempo. Eu não sei quem é que me chamou, mas um taxista se ofereceu em nos levar para casa e aceitamos.

Aguinaldo: Nossa filha, temos que tratar esse seu estado de pânico. Sobre o homem, agradeço a ele seja lá quem for por ter salvo a sua vida, nem sei o que faria se acontecesse algo com minhas filhas. Só não saiam mais, está bem? E da próxima vez não entrem em carros de estranhos, me liga que eu vou buscar vocês. Desta vez não foi nada, mas poderia ser alguém malvado.

Katy: Está bem papai.

Aguinaldo: Meu anjinho, lembra que me pedistes para freqüentar aulas de piano? Pois conversei com sua mãe e ela por incrível que pareça concordou!

Katy: Sério!? Que demais!

Aguinaldo: Só não faça mais travessuras, ok? Agora vá dormir. Boa noite!

Katy: Não decepcionarei mais o senhor. Boa noite.

Aguinaldo: Você não me decepcionou, minha princesa.

Aguinaldo beija a testa da filha e em seguida, entra no quarto e beija a testa de Keyla também. Katy deita e acaba dormindo de tão cansada que estava.

O que foi que deu em mim?

O jovem ao ver as crianças indo embora sãs e salvas, respira aliviado e da um jeito de ir embora para casa o mais rápido possível, transformando em um...

...morcego!?

Depois de algum tempo, o rapaz chegara a sua casa. Ao entrar, logo é questionado pelos residentes.

Suzana uma das residentes levanta-se do sofá e vai até o jovem.

Suzana: HARRISON BELVEDERE onde você estava? Tínhamos combinado de caçar todos juntos! Estávamos esperando por você!

Agnes: Calma, Suzana! Ainda é meia noite! Podemos ir agora! Sente-se aqui novamente!

Nicolas: Porra, Harry! Estou morrendo de sede!

Harrison: Primeiramente, boa noite para vocês também! E não devo satisfações do que faço a vocês.

Suzana: Eu sou sua mestra! Deve-me satisfações!

Marina: Vamos manter a calma. Acredito que Harry tenha justificativas plausíveis para seu atraso.

Harrison pensou bem antes de responder. Na verdade ao caminho de casa ele pensava no que havia feito, não era comum ajudar os outros assim, desconhecidos. Ainda mais não sendo iguais a ele.

Harrison: Eu estava caminhando por ai, esfriando a cabeça e pensando no treinamento que teremos com os próximos mestres.

Suzana: OK! Mas não se esqueça que não deves aparecer em público. Humanos não são confiáveis e podem nos colocar em perigo!

Harrison: Eu sei. Não precisa se preocupar.

Harrison senta-se em uma cadeira, pois estava muito cansado em ter gasto energia com hipnose e utilizando a forma de morcego. Suzana, Agnes e Nicolas sentam-se junto com ele, pois queriam fazer-lhe algumas perguntas.

Suzana: Ah! Antes de sairmos para caçar. Você falou com os irmãos Vatore sobre o treinamento?

Harrison: Sim! Ficaram bem interessados em mentorear eu, Nicolas e Agnes. E mandaram-lhe lembranças!

Suzana sorriu e concordou com a cabeça.

Agnes: Yupiii!! Vou ser mentoreada por novos mestres! Aiiii, estou tão empolgada com isso!

Nicolas fez cara de poucos amigos, olhou para Suzana e disse.

Nicolas: Pois eu preferia que o próprio Conde Vladislaus Straud fosse nosso mentor.

Suzana: Você sabe que ele anda ocupado e não pode mentorear ninguém por agora. Ainda mais com essas noticias de que alguns dos nossos estão sequestrando sims, ele precisa estar sempre disposto a nos avisar sobre o que devemos fazer! Ele sendo nosso alfa, deve manter-se isolado dos demais. Nada de ruim deve acontecer a ele!”

Nicolas: Bom vamos parar com essa conversa chata e vamos caçar! Estou com sede!

Marina: Vamos Harrison!

Harrison: Vão na frente. Estou indo.

Todos concordaram e seguiram caminho. Harrison ficou por um momento pensando em que fez mais cedo. Não era de salvar ninguém, mas estava muito contente e satisfeito pelo ato heróico de hoje.

Harrison (pensamento): O que foi que deu em mim em salvar aquela menina estranha? Devo estar tendo um momento de herói, haha.

Continua...

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Agradecimentos:

* Agradeço à Andrea Freitas pelas dicas e sugestões para esta história;

* Agradeço à Nathália Lopes por ter criado Nicolas para mim;

* Agradeço à Fernanda Martins por ter criado planos de fundo para o blog;

* Agradeço à Sally Winter pela criação das capas.