Capítulo 5: Temos de ir embora!

  

Aproveitando a vida

Harrison vê em seu celular uma mensagem de Nicolas o apressando para encontrar em uma boate em Oásis Springs, ele envia a localização da mesma pela mensagem. Quando Harrison chega ao local, ele se depara com Nicolas beijando uma moça. Ele sabe que o irmão não suporta humanos, mas quando está em boates ou festas, Nicolas meio que se esquecia disso para aproveitar os prazeres que eles poderiam proporcionar.

O loiro fica feliz pelo irmão que parece estar se divertindo com a bela companhia.

Como Nicolas é um vampiro, ele percebia cheiros de forma mais intensa que humanos e, por isso, notou quando Harrison chegou.

Nicolas o olha e o chama para que os três se sentem para poderem beber alguns drinks e, assim, conversarem um pouco.

Assim que os três sentam, Nicolas fala com Harrison com um tom moderado de voz que só o irmão pôde escutar.

Nicolas: Que demora hein, Harry! Daqui a pouco amanhece!

Harrison: Eu tenho culpa se você escolheu uma boate tão longe? Aff! Quando disse algo perto, achei que fosse "perto". Seria melhor ter ido até San Myshuno.

Nicolas: Aí que chegaríamos daqui a uma semana! Você esqueceu que não temos poderes de corrida vampírica? Os Vatore não nos ensinaram ainda! Mal posso esperar para ser poderoso e não depender deles.

Harrison: Nicolas sempre amável com as palavras. Aff.

Harrison fica bravo pelo que o irmão fala, já ele tem um carinho especial por seus mestres e, por isso, não gosta que falem mal deles. Nicolas revira os olhos ao ver Harrison com cara de poucos amigos e cochicha para o irmão.

Nicolas: Ei, Harry, tá vendo a gata que eu estou pegando? Linda, não? E, sabe, ela trouxe uma amiga bem bonitinha, acho que você se interessaria por ela. Ela tá sentada naquele sofá logo ali.

Harrison olha para o tal sofá que Nicolas tinha apontado. O loiro vê a moça, se levanta da cadeira e vai à sua direção.

Harrison: “Ela realmente é linda. Desde que viemos a Forgotten Hollow que não fico com ninguém. Bom, teve o beijo da Suzana, mas, para mim não conta, pois não sinto nada por ela e não ficaria com ela, já que ela é minha mestra. Penso e sinto o mesmo por Lilith”.

Harrison senta-se ao lado da moça e puxa conversa com ela.

Harrison: Olá! Me chamo Harrison. Como uma moça tão encantadora pode estar sozinha aqui nesse sofá? Vou me sentar aqui do seu lado, ok? Aqui parece ser bem confortável. Como você se chama?

A moça olha para o loiro e logo sorri. O acha lindo e fica feliz por alguém tão sexy se aproximar dela.

Chloe: Oi, eu me chamo Chloe. Você está com Nicolas e Tamara, certo? Vi vocês juntos. Sou amiga dela.

Harrison: Sim, ele é meu irmão. Então, te deixaram sozinha aqui? Que coincidência, não? Pois acabo de chegar e também estou sozinho. Posso ficar aqui te fazendo companhia? Você é muito linda para estar sozinha.

Chloe corou ao receber o elogio de Harry. Havia ficado de olho nele, desde que ele tinha chegado na boate.

Harrison: Perdoe por meu atrevimento, mas seus olhos são tão lindos! As luzes irradiam sua beleza.

Chloe: Obrigada. Fiquei por aqui para não atrapalhar minha amiga.

Chloe estava cada vez mais interessada em Harrison e não conseguia parar de olhá-lo.

Chloe estava cada vez mais interessada em Harrison e não conseguia parar de olhá-lo. Harrison chega perto do ouvido de Chloe e faz uma pergunta.

Harrison: Que tal pararmos de falar deles dois e nós ficarmos mais a vontade?

Harrison tocou o ombro de Chloe que deu uma risadinha travessa. Ambos ficaram conversando por algum tempo, trocando ideias e pequenas carícias.

Chloe: Vamos tomar alguma bebida?

Harrison concorda e ambos se levantam do sofá, mas antes de irem até o barzinho, Harrison pegou Chloe pela cintura, beijou sua mão e falou para ela.

Harrison: Desculpe-me, mas não posso perder mais tempo. Sua boca chama pela minha.

Harrison beijou Chloe, que não recusou. Algumas pessoas olharam os dois se beijando.

Nicolas os viu e ficou feliz pelo irmão. Ele esperou alguns minutos de beijo e foi em direção de Harrison, pois havia amanhecido e precisavam voltar antes que virassem apenas cinzas.

Nicolas: Com licença, casal, mas preciso roubar meu irmão! Harry, amanheceu. Precisamos ir embora!

Harrison: Ah! Sim. Nem percebi. As horas passaram rápido.

Harrison se dirigiu a Chloe.

Harrison: Desculpe, Chloe, mas eu e Nicolas precisamos ir. É assunto de família e não podemos demorar. Foi um prazer conhecê-la!

Harrison beijou a mão de Chloe e despediu-se dela. Ele e Nicolas foram em direção à saída.

Nicolas: Da próxima vez, viremos mais cedo. Não pude aproveitar quase nada!

Harrison: Concordo, mas não podemos negar que foi uma ótima madrugada!

 

  

Temos que partir

Ao chegar na casa dos Vatore, os irmãos Belvedere se depararam com os três vampiros, reunidos na sala, muito tensos.

Harrison: Nossa, gente! Vocês estão sérios, o que houve? Aconteceu algo na reunião?

Todos levantaram-se ao ver Nicolas e Harrison. Então, Lilith contou tudo aos rapazes sobre o ocorrido na mansão de Vladislaus, mas de maneira positiva, com um leve sorriso para passar confiança.

Depois que Lilith finalizou a sua explicação, seu irmão tomou a palavra, porém de forma mais realista.

  

Caleb: Eu e Lilith ficamos conversando sobre tudo o que ocorreu enquanto estávamos voltando da mansão e, com base nisso tudo, decidimos que iremos embora de Forgotten Hollow para não corrermos riscos e iremos treinar duro para estarmos preparados para enfrentar seja lá qual for esse tal inimigo ou inimigos.

Harrison: Mas embora assim tão rápido? E por quanto tempo ficaríamos longe daqui?

Caleb: Não sabemos ao certo! Só sabemos que precisaremos de tempo! Talvez semanas, meses... Ou até mesmo anos!

Nicolas: Bom, eu concordo que temos que ficar mais fortes e tals, mas quem vai ficar conosco? Vocês não vão chamar um bando de vampiros inúteis para atrapalhar a gente, né?

Agnes: Quem vai com a gente serão nossas mestras Marina e Suzana, e elas não são inúteis. Até porque foram elas que nos ensinaram a sermos vampiros, dãããã!!!

Agnes fala como se estivesse zoando de Nicolas.

Harrison: “Nicolas só fala bobagem. Devia ficar quieto! Tem coisas mais importantes para se preocupar do que com quem vamos passar o tempo treinando. Até Agnes, sempre tonta, percebe quando ele age como idiota e tem de lembrá-lo do óbvio. Que droga! Pobres humanos. Só penso em Katy e na família dela que podem estar correndo perigo. Se eu fosse forte e poderoso eu poderia ficar e ajudar, mas perdi até para aquele vampiro estranho. Bom, pelo menos a família de Katy colocou objetos de alho pela casa e isso os manterá seguros, mas mesmo assim, eu fico preocupado! Vou treinar, ficar mais forte e poderoso para poder defender os humanos e principalmente a pequena Katy”.

Os Vatore sentaram-se e voltaram a falar.

Lilith: Nicolas Belvedere, se você continuar agindo feito um mimadinho, nós vamos deixá-lo aqui mesmo e sozinho para ser mais um sequestrado! Quer isso? Acho que não, né? Nem acredito que você é irmão do Harrison! Vocês são muito diferentes!

Harrison: Para de ser chato, Nicolas!

Caleb: Bom, agora que vocês estão a par do assunto quero que se aprontem e façam suas malas. Suzana e Marina já estão vindo e assim que chegarem, vamos partir. E Nicolas, utilize sua raiva e a transforme em determinação para ser um grande vampiro!

Nicolas: Eu não estou com raiva. Só comentei, ué!

As dicas e advertências que Nicolas acabara de ouvir entraram por um ouvido e saíram por outro, enquanto Harry estava preocupado pelo tempo que teriam de ficar longe e envergonhado pelas bobagens do irmão.

Passam-se duas horas. As vampiras chegam e todos partem para um lugar distante de Forgotten Hollow.

 

O aniversário não foi esquecido!

Na casa dos Kordelious, Iolanda estava massageando Aguinaldo. Ele precisava de massagens constantes para aliviar suas costas, além de tomar os remédios indicados pelo médico. Iolanda lembra de algo muito importante que seria passado despercebido, pois estava muito atarefada com o trabalho na Academia Kordelious Fitness e com a doença de seu marido.

Iolanda: Aguinaldo! Você lembra que dia será domingo?

Aguinaldo: Nossa! É o aniversário das meninas. Eu me esqueci de marcar salão para a festa delas.

Iolanda: Nada disso! Você está doente e não tem clima algum para comemoração. Tanto o piano, quanto o conjunto de mini cientista, que elas irão ganhar, já estão aqui guardados. Pedirei aos empregados que os coloquem por aqui no domingo, para que elas possam usufruir de seus presentes.

Aguinaldo: É uma pena. E elas têm festas todos os anos. Me sinto culpado.

Iolanda: Não deve se sentir assim. E elas nem estão cobrando festa! Elas sabem que você está doente e que ando trabalhando. E caso elas venham me encher, elas vão se ver comigo! Já devolvo os presentes e adeus piano para Katherine e kit cientista para Keyla!

Aguinaldo: Ah, não faça isso! Elas não têm culpa se eu me esforcei demais a ponto de me machucar feio. Já sei! Vamos fazer um almoço ou jantar no domingo com um bolinho para elas. Vamos convidar a Clarisse e seus filhos, juntamente com sua irmã e a filha, Gabi.

Iolanda: Gostei da ideia! Vou ligar, convidando-as.

Iolanda ligou para Clarisse, que quase não quis conversar com ela pelo fato do que ocorreu algum tempo atrás. Clarisse inventou uma desculpa e disse que não poderia ir no domingo, mas mandaria presentes para as meninas e finalizou sua conversa pedindo para que Iolanda nunca mais ligasse para ela. Iolanda ficou furiosa, mas entendeu o motivo pelo qual a sua cunhada negou o convite.

Em seguida, Iolanda ligou para Nádia, mas todos estavam passando uns dias na casa da família do Valmir, o marido de Nádia, e por isso não poderiam participar do aniversário das garotas.

Iolanda se sentiu um pouco triste por isso, mas decidiu que todos da família vestiriam trajes formais como se tivessem em uma festa de verdade, mesmo que fosse apenas entre os quatro. Afinal, não é todo ano que suas filhas faziam onze anos.

Iolanda foi até suas filhas, que estavam jogando xadrez, e avisou a elas.

Iolanda: Meninas, vamos fazer um almoço. Só nós quatro aqui em casa, para o aniversário de vocês. Não faremos festa de aniversário como tem todos os anos, pois o pai de vocês está doente.

Katy: Tudo bem, mamãe. Não precisamos de nada. Só quero o papai bonzinho logo.

Iolanda sorri de canto para as filhas e continua a falar.

Iolanda: Convidei as suas tias Clarisse e Nádia, mais seus primos e prima, mas nenhum deles poderá vir. Então, seremos só nós quatro mesmo.

  

Keyla: Tá bem. Melhor do que aqueles idiotas ficarem mexendo na nossa casinha de bonecas.

As três riram. O celular de Iolanda tocou. Era um de seus funcionários pedindo sua presença na Academia e ela teve que ir "voando" até lá, enquanto as meninas continuavam a jogar.

  

Almoçando com a sogrinha

Finalmente o domingo chegou.

Na casa de Enrico, todos estavam ansiosos a espera da nova namorada do adolescente. Enrico estava feliz por Rowena ter aceitado o convite. Mesmo que estivessem se conhecido há pouco tempo e pudesse parecer muito cedo a apresentação da moça aos pais, para Enrico um namoro era muito sério. Ele não gostava de perder tempo e queria mostrar para sua família que realmente gostava de Rowena e queria ficar com ela.

Enrico: Já a estou vendo pela janela. Vou lá cumprimentar minha ruivinha.

Enrico vai para rua em direção de Rowena, que o vê e sorri. Ele a beija com carinho e agradece por ela ter vindo.

Ambos vão em direção da casa. Enrico para e fala com Rowena.

Enrico: Ro, meus pais já estão sentados na mesa e estávamos só te esperando para começarmos a almoçar. Você não sabe como estou feliz por você estar aqui!

Rowena: Eu também estou feliz, mas não posso negar que estou um tanto nervosa e quero causar uma boa impressão em seus pais.

Flora: Enrico! Para de segurar sua namorada e a traga aqui. E nós queremos almoçar. Anda logo!

Enrico ficou sem jeito ao ouvir sua mãe lhe chamando a atenção. Ele sempre foi um bom filho, e nunca deu motivo para sua mãe pô-lo de castigo ou chamá-lo aos eixos.

O casal de namorados se sentou à mesa onde estavam os pais de Enrico. O rapaz estava todo sorridente e não parava de olhar para a ruiva.

Flora: Então é você a Rowena? Que intenções têm com meu filho? Escuta menina: eu dou o meu sangue para criar ele, para ser um homem de verdade, que cuide e ajude a família e que não seja um vagabundo largado por ai.

Enrico: Mãe! Calma! Ela mal chegou e você fica assim? Pai e mãe, essa é a Rowena, minha colega da escola e namorada; e esses são os meus pais, Rowena. A mãe não quer que eu pare de estudar, mas não se preocupe, mãe. Rowena é estudiosa tanto quanto eu.

Flora: Olha aqui: vocês são jovens demais para namorarem e deveriam apenas estudar! Enrico, você deveria se dedicar apenas aos estudos e à sua condição física! Quer ser policial assim?

Tadeu: Calma, meu amor! Vamos almoçar e depois conversamos mais a respeito! Vou pegar pimenta.

Enrico aroveitou para desviar a atenção de Rowena da situação constrangedora.

Enrico: Ro, prove a comida da minha mãe e veja que será a melhor comida que você já comeu!

Flora: Seus pais trabalham em quê?

Rowena: Meus pais são policiais e eu quero seguir a mesma carreira deles.

Ao ouvir o que Rowena disse, a expressão de Flora mudou completamente.

Flora: “Então são policiais? E ela também quer ser? Meu filhinho escolheu bem! Vou tratá-la melhor, pois deve ter uma ótima educação igual ao meu bebê! Eles serão policiais juntos. Que lindo!”.

Ao terminarem o almoço, Enrico e Tadeu foram lavar a louça e enquanto Flora foi conversar com Rowena.

Flora: Rowena, me desculpe pela minha grosseria, mas quando você for mãe, vai me entender o meu jeito. Enrico é um tesouro para mim e tenho medo dele virar um folgado e irresponsável.

Rowena: Tudo bem, dona Flora. Minha mãe também tem medo do que acontece comigo e com minha irmã, mas não se preocupe. Eu e Enrico vamos nos dedicar aos estudos e não faremos nada de irresponsável.

Todos ficaram conversando por algumas horas e Flora, no final, havia gostado realmente da nora. Na hora de ir embora, elas se despediram com um abraço.

Enrico, Flora e Rowena vão até o pátio da casa para se despedir. Flora tem uma ideia e fala a Enrico.

Flora: Enrico, leve a garota para casa e me avise quando chegar lá para eu não ficar preocupada! É um prazer em conhecê-la, Rowena, e mais uma vez, desculpe os meus modos. Venha mais vezes.

Rowena: Eu que agradeço por tudo. Sua comida é maravilhosa.

Enrico: A levo, sim, e lhe aviso, mãe.

  

Aniversário em família

No mesmo dia, em Willow Creek.

Katy e Keyla estão aproveitando seus presentes enquanto esperam o almoço.

Katy, com seu vestido preto com detalhes em rosa, usa seus dedinhos para tocar algumas notas falhadas no piano novo.

Enquanto Keyla, em seu novo vestido azul, brinca de cientista com seu novo kit.

Depois de alguns minutos, foram chamadas para cantarem os parabéns. Havia um bolinho para os quatro, além de alguns sanduíches e salgadinhos. Todos estavam felizes. Até Aguinaldo esqueceu por uns instantes suas dores e Iolanda estava um amor de pessoa com sua família.

As meninas pegaram o celular do pai e tiraram uma selfie juntas. Elas estavam tão felizes pelos presentes e por passarem o dia com os pais que nem se importaram em não terem tido uma grande festa. Todos estavam comemorando o aniversário das crianças e, também, a chance de dar um passo para um futuro melhor.

...Continua.